Xavante empata no primeiro tempo da decisão

Desde cedo o torcedor do Brasil, já se fazia presente pelas ruas de Pelotas. Embora as fortes chuvas que caíram sobre a cidade, desde sábado, deixando o gramado do Bento Freitas bastante encharcado, a expectativa era grande da torcida e dirigentes. Principalmente quando se fala em gol qualificado, é que a adrenalina sobe e as atenções se dobram ao fato de não poder tomar gol dentro de casa. O jogo: o Brasil entrou em campo bastante motivado não só pela sua campanha, tendo 100% de aproveitamento dentro de seus domínios, como também pela sua fiel e fanática torcida que estreava a sua nova charanga - XAVABANDA - que não decepcionou, com ritmos empolgantes em cada batida de seus componentes.
Disposto a marcar forte e sair pelas laterais com a habilidade de Gleidson, que substituiu Galego, e de João Rodrigo, para surpreender o adversário. Nos primeiros minutos, o time apresentou volume de jogo, bem postado dentro das quatro linhas, com a estréia de Russo - de muita voluntariedade no meio, no desarme e fazendo a ligação com estocadas pelas pontas de Kito e Marcelo Régis. O goleiro Flávio do América Mineiro passou trabalho na primeira etapa, demonstrando muita coragem nas suas saídas de bola. Na segunda etapa, o técnico Paulo Porto manteve a equipe do primeiro tempo, liberando mais o meia Marquinho - que não comprometeu. Mais tarde, Porto tira Gilmar Baiano e lança Eraldo, para explorar a bola aérea. A equipe a partir daí, prendeu mais a zaga americana, com Kito chegando de trás, para as triangulações com Régis e Eraldo. Em seguida o lance do jogo. Kito recebe dentro da área, dribla Micão e é derrubado. Pênalti. O zagueiro Cassel pede para bater. O árbitro autoriza e Cassel manda um foguete, por cima e desperdiça a chance da vantagem xavante no marcador. No final, Gleidson ainda ofereceu grande perigo para a meta do América. Falta da direita. Pé canhoto, chute forte no canto esquerdo e Flávio - o melhor do time mineiro - cata firme. O Brasil num compito geral se ouve bem. Não foi um mau resultado. O ideal seria o Brasil ter vencido a partida. Empatou em 0x0 e jogou a responsabilidade toda para a equipe de Givanildo Oliveira que ao final da partida valorizou o placar, diante das circunstâncias. "Eu nunca havia enfrentado o Brasil. Já haviam me dito que era muito duro de jogar aqui. O Brasil foi melhor. Hoje joguei contra, num campo com muita água, o que prejudicou as duas equipes. Vamos para Belo Horizonte e temos que ganhar o jogo para conseguirmos o nosso objetivo", frisou Oliveira. Na partida de volta, domingo dia 16, no Estádio Independência, em caso de empate sem gols, disputa de pênaltis. Empate com gols, dá Brasil. Vitória simples de um ou de outro dá o acesso à Série B do Brasileiro ao vencedor.

Ficha Técnica:

Brasil: João Paulo; João Rodrigo, Cassel, Alex Martins e Gleidson; Russo, Ramos, Marquinho e Gilmar Baiano (Eraldo); kito e Marcelo Régis. Técnico: Paulo Porto.

América MG: Flávio; Micão, Preto e Wellington Paulo; Irênio, Evanilson, Leandro Ferreira, Moisés e Zé Rodolpho; Bruno Mineiro e Luciano. Técnico: Givanildo Oliveira.

Arbitragem: Arilson Bispo de Anunciação, auxiliado por Adson Márcio Lopes Leal e Luiz Carlos Silva Teixeira.


Matéria e Fotos: Felipe Macedo.